quinta-feira, julho 29, 2004

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã

Eu pensei no que escrever e não tive idéias! Bem, aqui no Rio o tempo melhorou, mas comigo as coisas estão as mesmas. Estou tentando descobrir quem eu sou e o que eu quero fazer da minha vida. O problema é que eu não consigo chegar a conclusão alguma. Sinto-me com 10 anos de idade tentando imaginar como vai ser minha vida quando crescer. Só que na verdade já cresci e nem percebi o tempo passar. Eu mudei desde os 10 anos e muitas coisas que eu pensei que aconteceria não aconteceram, e outras que eu nem imaginei aconteceram.
Pra começar aos 15 anos eu acreditava piamente que aos 18 seria totalmente independente. Com meu próprio carro, casa e trabalho. Que seria como nos filmes e seriados americanos, eu dividindo casa com amigas. Seria eu, Marcele e Helena. Acreditava que, quando fizesse 18, viajaria de carro por toda a costa brasileira. Nada disso aconteceu. Eu ainda moro com minha mãe, não sei dirigir (mesmo tendo carteira. Não, eu não comprei carteira), não tenho um trabalho e tenho pouco ou nenhum contato com essas amigas. Essa foi uma grande surpresa e até decepção para mim.
Há alguns anos atrás, acho que quando tinha 18, decidi que aos 26 teria filhos. Ha ha ha! Como gostamos de criar finais felizes para nós mesmos. O problema é que nós determinamos o final sem saber quando ele realmente é a Coisa. A coisa que une todos os seres neste mundo é nascer e morrer. Estas são as únicas certezas que temos na vida. A diferença é o que fazemos entre um e outro. Temos de aproveitar cada momento, fazer cada minuto valer, porque é muito difícil sabermos quando chega o fim.
Agora por exemplo, enquanto escrevo ouço barulho de tiros. Isso me assusta, não estou nada acostumada. Mas agora não posso fazer nada para mudar isso, e penso, "quais são as probabilidades de ser atingida por uma bala perdida?". Da mesma forma que, aqueles que tem medo da morte devem pensar, quais minhas probabilidades de ser atropelado, ter um ataque cardíaco, morrer afogado, ter um derrame, morrer dormindo, caí e bater a cabeça, tomar um choque.... Não, eu não tenho medo de morrer, mas acredito que lembrar, de vez em quando,  o quanto nosso tempo é curto o aproveitamos da melhor forma.

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I thougth what to write and had no ideas! Well, here at Rio the weather is better, but with me things are the same. I'm trying to discover who I am and what I want for my life. The problem is that I can't conclude something. I feel like 10 years-old, trying to imagine who my life will be when I grow up. The truth is, I'm already grown up and didn't realized the time passing by. I've changed since 10 years-old, a lot of thing I thought would happen didn't and other things I have never thought about had happaned.
To start, with 15 years I believed for sure, that I would be totally independent. With my own car, house, work. That would be like the U.S movies and series, sharing an apartment with friends. It would be me, Marcele and Helena. Believed that, when made 18, I would travel by car for the whole brasilian caost. Nothing of that happened. I still live with my mother, don't know how to drive, don't have a work and I have little or no contact with these friends. All this was a surpriese for me, a desapointment
Years ago, I think when I was 18, I decided that I would have kids with 26. Ha ha ha  We really like to create happy ends for ourselves. The problem: we decid the end without knowing when is it. The thing that joins all the beings in this world is to be born and to die. The difference is what we do between one and another . We have to enjoy every moment, make every minute worth, because it's not easy to know when the end cames.
Now, for exemple, while I write, I hear racket of shots. This scares me, my not used to. But now there's nothing I can do, and I think, "what are the probabilities to be reached by some lost bullet?". As the same way, those who fear the death must think; what are my chances being run over, to have a heart atack, to die drowned, to have a spill, to die sleeping, to fall and hit the had, to take a chock".... No, I'm not afraid to die, but I believe that remember, some times, how short is our time we use it better.


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